segunda-feira, 11 de março de 2013

Destino e as estrelas

Ao som de uma bela música, vejo o céu sem estrelas de uma cidade grande, e viver numa cidade grande é triste... Tão triste quanto ter de se entregar de mãos atadas à confiança do destino.

Na cidade grande não podemos ver as estrelas, quais caem, quais aparecem, quais desbotam, quais brilham mais, quais brilham menos... Não podemos nem ver direito a Lua.


Posso confiar de que estão lá, mas não posso vê-las. 


Não sei como eu confio, mas sinto que estão lá, olhando na direção dos meus olhos, já que estou a procura delas. E, aos meus olhos passam o que a música quer que passe: decepção, saudade, pensamentos infinitos e todos eles começando com a mesma linha, a mesma face... Talvez seja o destino?


Não acredito que o destino exista realmente, ele não está lá, não podemos vê-lo. Mas será que o destino é como o céu de uma cidade grande? Não podemos ver, mas sentimos e sabemos que lá ele está..?


Eu queria tanto saber pra poder, de uma vez por todas, me entregar à ele e para poder parar de observar este céu poluído, ao som de uma música que me faz repensar em tudo que fiz e que farei nesta linha de pensamento.


Não quero me entregar ao destino, não sei se ele é igual as estrelas. Ele pode brilhar, pode cair, pode não brilhar, pode ser...tantas coisas! Ou talvez isso seja tudo da minha imaginação, um feito não feito, um sofrimento real pelo meu pensamento, o que faz dele pior, já que não existe.


É tão estranha esta capacidade que temos de sentir e nos entregar demais por coisas que não sabemos se existe ou não, se são coisas imaginárias, se não podemos ver, se só sentimos na nossa imaginação, se vemos ou vivemos em um sonho único.



domingo, 10 de março de 2013

Prova do que é real

Acho que a prova de um amor verdadeiro é a saudade e o pensamento mesmo depois da decepção sofrida, e quando a pessoa continua com o mesmo sentimento mesmo após brigas e discussões comuns. Percebo que isso acaba se tornando algo não correspondido e também algo muito doloroso.

"O garoto cessou o beijo abruptamente. Ele pode ver a boca da garota pedindo por mais. Ele também desejava isso.

Ela abriu os olhos, seu rosto a uma distância quase inexistente do garoto. Ela sorriu.
O jovem observou aqueles olhos com um fascínio sobre-humano uma paixão ardente. Aqueles olhos grandes, castanhos escuros, que tanto o faziam feliz.
Levantou sua mão e passou o polegar pelas bochechas rosadas da sua amada, acariciando.
Sorriu ao ver aquele sorriso bobo que sustentava seu mundo.
Com um nó na garganta, perguntou em um sussurro como se aquelas palavras fossem dela, e só dela.
- Você é minha?
A garota não titubeou.
- Sou. Você é meu?
- Sim.
Eles se entreolharam e viram a reciprocidade do sentimento. A honestidade afetuosa contida em cada palavra dita naquela santuário sagrado dos dois.
Voltaram a se beijar, como se por uma eternidade.
E se um dia o amor existiu, ele esteve lá.
Presente em cada acaricio, em cada palavra e em cada beijo.
Naquele pequeno terraço de um prédio. O lugar dos dois.
E apesar de todas as juras, aquilo acabou.
Mas foi eterno na memória do garoto.
Até o dia que de nada mais ele se lembrou."


Texto de Daniel Vila Nova Rodrigues. (: