quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A mordaça

Não sei o que está a ocorrer com este mundo.

Tudo tão intenso: sem cor nem amor, sem felicidade nem solidariedade... Apenas máquinas.

Somos maquinários de apresentações chulas, a patifaria absurda que reina em feudos persistentes da sociedade contemplativa: contempla a solidão, a morte calma, o pensamento frágil e a verdade tornar-se mentira.

Só pioras.

A situação da mídia fortalecedora de pensamentos extremistas nos fazem viver em uma matrix constante, absurdamente grande, a qual quem foge é perseguido até a morte.

Quem foge?

Eis a questão.

Entre meridianos e paralelos, vivemos seguindo caminhos diretos, compostos de ideais preestabelecidos pelo mundano pensamento profano: inverdades injustas, situações abruptas ao destino fracassado de depressivos falidos.

Amordaçados.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A morte da danada

E de amor, eu não morria
mas a saudade, entristecia.

Argumentos de inverdades:
de que encanta a solidão?

Um pensamento apaixonado
de alguém de pouco com a vida incomodado...

De riqueza resplandecia
sem o mar,
sem alegria:
de indolor é transformado.

Nas palavras?
Estou calado!

Por um momento sento e penso:
"quem sou eu no mundo inteiro?"
           Sou de interesse de um coveiro,
           de meu café, do chá e bule,
de amor pouco faço questão:
me contento à solidão;
mas a saudade...
essa mata.

Esta danada estupefata,
do valor de um romance
(de canto cego vejo amantes)
pura atração?

Da ilógica chance de abertura:
sentimento? momento?

Quebro-me em cabeças alternadas,
de pura elegância,
mas há de tanto a esperança
            da saudade e da dança.

Ah, a saudade...
                      ...essa mata.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Não sei fazer título

Aquela complicada sensação marcada por incômodo e devidamente mascarada pelo apelo de ser forte em todas as situações da vida.

Mostro-me impaciente em relação às borboletas antigas do meu estômago: a intenção é matá-las.

A aparência revista nas singelas amostras do passado fazem de descomunais as bases que sustentam minhas lágrimas, e, de suas palavras, a importância primária para a conservação deste honroso sentimento; talvez de honroso, não tenha migalhas.

Migalhas tais que me impedem a ação de proezas, interferem a realeza da minha piedade com a súbita raiva exemplificada e, de tão desconjugada, não o terei mais em meus sonhos; se o tiver, que seja desleal e sua morte seja eterna.

Contento-me com os pesares da tristeza abalada a diversificada paixão dos horrores da vivência, porém se não fosse ela, onde mais aprenderia com a força da sofrência?