segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Afinal

A descompensação árdua do significado dos pensamentos é a dor que desatina e passa de minhas córneas para meus neurônios, sinapses tão nervosas quanto minha situação presente.

Elevo minha exatidão de que a esperança não tem propósito, e sufrágios inibem o descontentamento social que minha alma revela ao passar dos dias e faz com que o meu sangue corra venoso, venenoso, em meu sistema chamado corpo.

Quão importante é o ser ou existir para o tempo que passa?

Passa rápido, sem sentido, não vejo à vista o parâmetro que se estabelece em minhas conexões que, de tão conectadas, se parecem o defunto do futuro enobrecendo as células que me matam.

Importante é aquele imortal pesadelo, tão inexistente em minha realidade física, tal qual não se vê encaminhada no cotidiano paradoxal, mas paradoxos são compostos pelo dilema de minha vivência até o final.

Afinal, qual é o final de todo esse viver?

Afinal, pra quê saber?

Afinal, deixa pra lá.